reciclagem
Texto por Fernanda Camillo
O Brasil produziu em 2016, 71,3 milhões de toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Os RSU é popularmente conhecido como o lixo produzido por residências e centros comerciais. Estes resíduos são classificados como: orgânico, papel, plástico, vidro, metal e outros, como: roupas, eletrodomésticos e óleo de motor.
Em abril de 2018 Americana e Piracicaba chegaram a arrecadar 100 e 300 toneladas respectivamente, apenas de material reciclável.
A produção de material reciclável em Abril de 2018 pela Cooperlírios
Todos os tipos de materiais foram somados dentro da sua categoria.
Em Piracicaba, a cooperativa do Reciclador Solidário disponibiliza alguns cooperados para recolher materiais recicláveis em alguns bairros da cidade. O Piracicaba Ambiental também faz a coleta e destina o material para a cooperativa. Americana faz a arrecadação de porta em porta, em condomínios e mais recentemente através de PEV’s (Pontos de Entrega Voluntaria), que consistem em 30 contêineres espalhados pela cidade, prontos para receber o material reciclável. Essa iniciativa prevê o aumento de aproximadamente 25% do material reciclável. Todo o material coletado nesses lugares é recebido pela Cooperlírios, que faz a triagem e a destinação correta.
Os PEV’s são uma nova iniciativa de conscientização na cidade de Americana. A padronização da cor verde para os contêineres faz com que as pessoas não sintam dúvidas na hora de descartar o material por não saberem ao certo de qual cor ele faz. Daniel Cavalcante, funcionário da Prefeitura de Americana e que presta serviços à cooperativa Cooperlírios, explica as formas de separar o material reciclável por cores:
A conscientização da população em Piracicaba é feita em parceria com o Reciclador Solidário e a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). Oito cooperados passam de porta em porta explicando o que é o material reciclável, como é cada um deles e sua separação.
Para Benedito da Silva Filho, cooperado da Cooperlírios, o futuro do meio ambiente depende da educação que daremos às nossas crianças.
Mesmo com todo trabalho de conscientização, o material que chega até as cooperativas ainda é mal separado e com muitos restos de alimentos. De todo o material recebido no Reciclador Solidário, 30% é considerado rejeito. A presidente da cooperativa, dona Nalva, ressalta como é importante para eles, que a população separe o material corretamente.
A decomposição do material reciclável varia em média de 3 meses a 1000 anos para se decompor no meio ambiente, o que estimula a degradação da natureza. As iniciativas de redirecionamento para o material, além de limpar o meio em que vivemos, gera renda para estes trabalhadores, como afirma a cooperada Aparecida Teixeira da Silva, da Cooperlírios.